Foto: Acervo Sumai
O combate ao mosquito Aedes aegypti nas unidades da UFBA vem sendo intensificado desde o início do ano. Em fevereiro, a Coordenação de Meio Ambiente (CMA) da Sumai iniciou uma série de mutirões para eliminar os focos do mosquito nas dependências da universidade, em virtude do contexto epidêmico de dengue no país. Ao longo do semestre, sete mutirões foram feitos nos campi de Ondina, Canela, Federação, São Lázaro e nas Residências Universitárias. No final, mais de 750 kg de resíduos foram recolhidos, incluindo plásticos, metais e rejeitos.
Segundo o professor Dr. Antônio Lobo, coordenador da CMA, a temporada de mutirões se repetirá periodicamente: “Todos os anos, entre os meses de fevereiro e maio, vamos fazer mutirões, visto que é o período mais chuvoso e de maior risco com relação ao Aedes.” O professor também ressalta a importância das ações para a segurança da universidade: “Os mutirões deixam a UFBA mais limpa, mais segura e livre em grande medida dos riscos inerentes às doenças transmitidas pelo mosquito da dengue.”
O Brasil vive um cenário epidemiológico de dengue desde o início de 2024; até o último levantamento (07/05), mais de 4 milhões de casos e 2 mil óbitos da doença já foram registrados neste ano, de acordo com o Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde. Dessa forma, é importante a adoção de medidas preventivas, como fazer uso de repelente, evitar deixar água acumulada e realizar o descarte correto do lixo. A CMA reuniu essas e outras formas de prevenção na cartilha “UFBA contra o Aedes aegypti”, disponível aqui.
O primeiro mutirão aconteceu no dia 23 de fevereiro, no campus Canela, iniciando pela Reitoria e unidades próximas. Na época, o número de casos registrados de dengue no país ultrapassava 650 mil. O segundo mutirão abrangeu as unidades do Vale do Canela. Durante as ações, a CMA conscientizou os colaboradores e membros da comunidade acadêmica através de diálogos, fixação de cartazes e distribuição de panfletos educativos com orientações preventivas para ajudar a eliminar os criadouros, e informações sobre os principais sintomas causados pelo mosquito, que além da dengue, também é transmissor de outras doenças como zika, chikungunya e febre amarela. A equipe de limpeza externa realizou a coleta e separação dos resíduos nos locais.
Em março, os mutirões foram realizados nas unidades de Ondina e da Federação. Somente neste mês, foram coletados mais de 100 kg de resíduos, entre eles ferro, plástico e entulho.
As ações no combate aos focos do mosquito seguiram também pelo mês de abril, no campus de São Lázaro e nas Residências Universitárias R1, R2 e R5. Nas residências, o volume de lixo recolhido chegou a 23 kg. Os resíduos totais coletados nos mutirões foram segregados, de forma que os recicláveis foram encaminhados para uma cooperativa parceira da superintendência e os não recicláveis seguiram para o aterro sanitário por meio da LIMPURB. A participação de todos os parceiros e voluntários junto à equipe da CMA foi fundamental para o sucesso dos mutirões. É importante ressaltar que somente com a mobilização coletiva será possível superar o cenário de epidemia que o país atravessa, portanto os cuidados preventivos devem ser tomados por todos diariamente.
Texto: Sofia Nachef / Revisão: Rafael Andrade e Carina Oliveira