A história da SUMAI está, necessariamente, vinculada a da UFBA e ao planejamento fisico de seus campi e construção dos prédios. Ainda, anteriormente à criação da Universidade Federal da Bahia em 1946, iniciam-se as obras do Hospital Universitário Prof. Edgard Santos (Hospital das Clínicas), da Escola de Enfermagem e posteriormente, o planejamento físico para ocupação de áreas no Vale do Canela. Após finalização dessas duas obras, é criado o Serviço de Engenharia da UFBA para atuar na sua conclusão e gerenciar o amplo programa de obras de implantação do Campus Canela, prosseguindo até o início da implantação do Campus Federação com a construção da Escola Politécnica, final dos anos 50, e da Faculdade de Arquitetura, meados dos anos 60.
Entre 1967 e 1971 são executadas as obras dos Institutos de Biologia, Física, Geociências, Matemática, Química e Centro de Processamento de Dados, dentro do Programa MEC-BID I, resultado de estudos e proposta de planejamento físico elaborado inicialmente no Departamento Cultural, órgão subordinado ao Gabinete do Reitor, posteriormente Setor de Estudos e Projetos da Prefeitura do Campus.
Em 1973, apesar de já figurar em anos anteriores no Regimento da UFBA, a Prefeitura do Campus Universitário substitui o Serviço de Engenharia nas suas atribuições. Entre os projetos e obras implantados citam-se a Faculdade de Medicina, a Faculdade de Educação e a Escola de Administração, no Vale do Canela, entre 1971 e 1975.
No período compreendido entre 1975 a 1983, o ETA - Escritório Técnico Administrativo, atuando no Programa MEC-BID II, executa o plano de ocupação física do Campus Federação/Ondina e os projetos arquitetônicos do Centro de Esportes, do Restaurante Universitário, do Instituto de Matemática, do Centro de Processamento de Dados, do Pavilhão de Aulas I, da Biblioteca Central, da Faculdade de Farmácia, licita e fiscaliza as suas obras. Segundo o arquiteto e ex-prefeito do Campus, Antonio Nelson Dantas, o projeto foi norteado pelas premissas do urbanismo moderno, preconizados pelo arquiteto Le Corbusier, onde se buscou uma harmonia entre linhas curvas e retas que resultaram em figuras geométricas como "conjuntos de ilhas contiguas, que proporcionavam a liberação do solo e a interdependencia das circulações dos pedestres e veiculos" (DANTAS, 2010).
A Prefeitura do Campus continua seu trabalho com a manutenção e conservação dos Campi, inclusive o de Ciências Agrárias, além das obras de reformas como na Maternidade Climério de Oliveira, Escola de Enfermagem e implantação do Hospital Prof. Hosanah Oliveira (Hospital Pediátrico).
Entre 1988 e 1991, a Prefeitura do Campus Universitário, após a 1ª revisão no plano de ocupação física do ETA, projeta, licita e fiscaliza as obras de conclusão da urbanização do Campus Federação/Ondina com a implantação de novos estacionamentos e acessos, vias de pedestre, drenagem, ajardinamento e as edificações do Instituto de Letras, Escola de Dança, Pavilhão de Aulas II, Ambulatório Prof. Magalhães Neto, Escola de Teatro (Pavilhão de Aulas e Pavilhão de Apoio Cenográfico e Figurino) e executa amplo programa de recuperação e reforma de quase toda a planta física da UFBA.
A partir de 2013, a Prefeitura do Campus incorporou os setores de Planejamento do Espaço Fisico (APAF) e Grupo REUNI, criando-se assim a Superintendência de Meio Ambiente e Infraestrutura/SUMAI, estando sob sua gestão a manutenção e conservação de uma área construída de 285.483,00 m2. A SUMAI é responsável por planejar, coordenar e controlar o desenvolvimento da infraestrutura e patrimônio físico da Universidade; elaborar, acompanhar e coordenar a implantação das políticas de gestão ambiental; bem como zelar pela manutenção das instalações físicas e espaços comuns da Universidade.
Bibliografia:
FONTES, Antonio. Breve histórico dos campi da UFBA. Salvador: Dissertação de Mestrado apresentada ao PPGAU/UFBA, 2010.